Desde junho, o Copernicus tem reportado todos os meses novos recordes de temperaturas: foram os meses de julho, agosto, setembro e agora outubro os mais quentes de todos os tempos. Muitos países europeus e a América do Norte tiveram de enfrentar neste ano novamente um calor recorde e incêndios florestais.
É quase certo que novembro e dezembro de 2023 baterão novamente recordes de temperatura. E não só no ar: também na temperatura da superfície do mar foram registrados valores recordes este ano.Podemos dizer com razoável certeza que 2023 será o ano mais quente já registrado, atualmente 1,43°C acima da média pré-industrial. Samantha Burgess, vice-diretora do C3S
"Apenas alguns dos sinais de temperatura vêm da região do El Niño, mas a maioria vem de regiões completamente diferentes", explica Buontempo. "O que aconteceu este ano no Canadá, nos EUA ou na Europa não tem nada a ver com o El Niño, mas com as alterações climáticas provocadas pelo homem."
Com um aquecimento global médio superior a 1,5°C, existe o risco de consequências extremas em muitas áreas. Por exemplo, o número de mortes causadas pelo calor aumentaria 370% até 2050 —mesmo que a elevação da temperatura média global permanecesse ligeiramente abaixo dos 2°C. Cientistas internacionais apontam isto num novo estudo publicado na revista The Lancet.
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